domingo, 16 de novembro de 2008

toca

como começar.
faltam palavras, faltam gestos, faltam risadas e choros, faltam idas e vindas, faltam segredos confidenciados, faltam as loucuras que não deste lugar chamado terra, pertencem ao Alice in wonderland.
mas isso é outra estória - uma daquelas - umas das possivelmente inimagináveis.
Aqui vou, conto a minha estória
vagueando por casas da antiguidade com chão desnivelado e pingas a cair do tecto até que enfim,desisto.
Dou a ultima oportunidade, telefono para uma moçoila que diz que é de perto da minha terra, explica-me as condições e faço uma escolha irracional e decido ficar com a casa, sem sequer lhe ter posto os olhos em cima.
Familia, carro, malas, mesas, talheres e pratos, gritos e confusões - a mudança -
casa nada má, -tânia safa de raspanão da mãe.
*Suspiro*
pais despedem-se, confusões, pessoas, beijos e "juízo!"
um quarto novo
o meu ano de caloira
5 pessoas das quais nao sabia absolutamente nada moravam dentro da minha casa
nossa casa
esta casa
Cláudia, a Matriarca, a cabra mais cabra do 142 (ela entende o que aqui se passa ) a generosa e sempre atenta claudia, a minha maezinha que cuidou sempre de mim.
Dani , a Senhora advogada, a sorridente e bem disposta menina de sempre
Andreia , a verdadeira mulher do norte, não tem papas na lingua e é a verdadeira maluca/mulher!!
Sara , a minha sempre amiga sara , a minha neguinha
Sandrina, parceira de confidências, de amor incondicional , do mesmo espaço também.
Elodie a nossa Madeirense e sportinguista favorita - de uma força de vontade inabalável e por ser a amiga que é - , a mulher do nosso tão estimado André - rapaz dos seus 24anos,trabalhador,possivel viciado em jogo e quiça alcool, uma pessoa impecável e um amigo sempre presente - que também ele (sim ouviu bem!) foi residente do 142 e Bárbara a nossa querida cozinheira que nos abandonou..ainda não estamos certos se te perdoamos, mas se mandares um bolinho depois a gente conversa..

muitos anos se passaram desde então, muitos jantares, muitas assembleias na cozinha, muitas séries enroladas em cobertores, muitas alegrias, muitas tristezas,muitas jogatanas nocturnas sempre segurando a mão alheia.
Anos se passaram e outras familias se foram reagrupando, umas dizendo adeus outros dizendo um olá timido.

uma novidade! um homem cá em casa...Nelson, o reprensentante masculino da nossa comunidade..um verdadeiro homem transmontano, muito asseadinho bota-lhe o jeito prá comida e para o agrafo e, claro também amigo do vinho.
um ombro para chorar, um ombro para dançar - e apesar de tudo dar voltas e voltas e voltas - e continua ali,uma rocha
um cordão umbilcal.

e como quem vem como a maré, vem a vanessa, num redemoinho de emoções e sentimentos, época bravia aquela. veio e assentou, aqui encontrou um pouso - um merecido pouso -
Vanessa também transmontana de raiz, quase irmã do amigo Nelson acima citado, possui de caracteristicas devidamente inconclusivas perante analise clinica. mas existem palavras , silêncios, ataques de nervos, gritarias ,sorrisos, palavras que ños escorregam da boca,cigarros pensativos que não sao precisos explicar, porque possuem vontades próprias e se fazem entender por mistérios desconhecidos á razão.
a minha sempre bé

as novas promessas : luís, o nosso rabo de peixe, Cintzia a Italiana e a nossa tradutora de lingua gestual,Carol ...
mas essa é outra estória, que não cabe a mim conta-la...
"nao percam os proximos episódios porque nós também não!!"

muitos anos se passaram, muitas pessoas não foram referidas pela brevidade em que residaram no 142, não querendo denegrir as suas imagens.

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